El mimimi
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El mimimi




No final da semana passada, surgiu a notícia de que Ignácio Scocco, atacante argentino do Internacional, pediu para ir embora, alegando não ter "adrenalina" suficiente para jogar no Brasil. Para entender a decisão do jogador, é preciso entender um pouco da alma dos argentinos e como eles se relacionam com o mundo externo.

O argentino, de modo geral, é alguém muito ligado às suas raízes e origens. É muito comum se pensar numa carreira de sucesso nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, mas é quase obrigatório passar sua aposentadoria na Argentina; e isso vale para todos, jogadores, artistas, músicos, pessoas comuns. Caso contrário, o indivíduo fica conhecido como "vende-patria". Lionel Messi, por exemplo, constantemente tem que responder a essa pergunta: "Cuándo te retires, donde vas a vivir?"; se ele responder Espanha, sabe que perderá seu status de ídolo instantaneamente.

Claro que essa pressão externa é produto da vontade comum do argentino; muito poucos realmente desejam terminar seus dias em outro lugar que não seja o seu país. Seu sentimento de pertencer a um lugar é muito forte, e isso faz com que queiram voltar às origens a cada vez que algo em suas vidas dá errado, ou que não tenham o carinho e reconhecimento que gostariam no lugar onde estão.

Por isso, no futebol argentino é muito mais comum ver jogadores deixando outros países para jogar nos seus times de origem; o próprio Scocco fez isso quando voltou para o Newell´s e foi o artilheiro da Libertadores. Quando o River Plate foi rebaixado, muitos atletas que passaram pelo clube se ofereceram para jogar, no intuito de ajudar o clube a sai da Segunda Divisão. E assim temos muitos casos, no exterior e dentro do próprio futebol argentino.

O que pros brasileiros é "mimimi", pros hermanos é algo sério. Scocco não quer ficar no Brasil porque de alguma forma não se sente bem aqui, independente de ser titular. Provavelmente, se voltasse para o Newell´s, ganharia menos do que no Inter, mas isso não importa: o que interessa é estar no lugar onde se sinta bem.

Carlos Tevez, apelidado de "El Jugador del Pueblo", deixou o Manchester City para jogar na Juventus, onde recebe 35% a menos do que recebia na Inglaterra. Tudo porque em Manchester não era feliz, e a felicidade para ele vale mais do que os 35% a menos no salário.

Evidente que tal característica tem seu lado luz e seu lado sombra: por um lado, é bonito ter esse sentimento de amor à sua pátria, da busca da felicidade mais do que de vantagens materiais; sob outra ótica, por vezes esse sentimento pode gerar uma instabilidade emocional no atleta, fazendo com que, na primeira dificuldade, ele queira mudar de local.

E você, acha que Scocco deve parar com o mimimi e ficar, ou ele está certo em querer buscar sua felicidade?



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