Duas frases, uma máscara
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Duas frases, uma máscara


Frases do jogador Robinho, reproduzida hoje nos sites esportivos e que desejo analisar um pouquinho, ao contrário dos nossos jornalistas, acríticos ao ponto do asqueroso:

"Estou muito feliz com o interesse do Barcelona em mim, pois acredito que, jogando no Camp Nou, será mais fácil me tornar o melhor jogador do mundo".

Do alto de sua insana megalomania, de cima do pedestal marmóreo que lapidou para si mesmo, o ex-atacante santista mostra que acredita ser o maior de todos. Culpa, assim, os clubes pelos quais já passou, que não lhe deram suficente respaldo para explodir no Velho Mundo. O Real Madrid estava errado, o Manchester City estava errado. Não é o próprio Robinho que não faz por merecer o título de estrela-mor do esporte; são essas malvadas instituições, que parecem ter adquirido seu passe somente para boicotar seu brilhantismo. Clubes cruéis, esses. Agora, o Barcelona pode ser a escada para que ele chegue ao Olimpo definitivo que sua limítrofe cabecinha vive a fantasiar: o prêmio FIFA do fim do ano que vem. Na frase do jogador, não existe nada em relação ao interesse do clube catalão que não a sua vontade de continuar a olhar para o próprio umbigo, na intenção de que todos o glorifiquem, quase como que a um santo. Já desrespeita a camisa do seu provável futuro time antes mesmo de ser contratado.

"Tenho que aproveitar a oportunidade de disputar um Mundial e, para isso, não posso forçar minha volta. Não adianta antecipar as coisas e correr o risco de ficar fora da Copa. Minha recuperação tem de ser passo a passo".

Ele ainda pertence ao Manchester City, mas se sente no direito de desprezar a camisa da agremiação a esse ponto. Só quer saber de ir à Copa, e isso porque estar no torneio mundial do ano que vem significa status e cotas de patrocínio, nada mais. O clube já não existe, fica claro em suas palavras e atitudes; ele não se recupera para vestir a camisa do City, ele pensa só na equação "coroa de louros+dividendos financeiros" que o campeonato na África do Sul poderá lhe trazer. E toda essa falta de profissionalismo (para pegar leve no comentário) será premiada com uma transferência para o gigante Barcelona, ao invés de para o Albacete ou o Tenerife. É a vitória definitiva do "eu futebol clube", do jogador que é uma estrela de si mesmo, independente de qual camisa vista (é bom que use várias, já que isso significa vendas e mais vendas), que a modernidade tanto precisa, e exalta cada vez mais. E eu, daqui, me pergunto como os cartolas ingleses puderam ser tão cegos: será que nunca imaginaram que Robinho pudesse tornar-se um fiasco dessa magnitude, quando o contrataram a peso de euro? Hoje, todas as tais camisas vendidas com o nome e o número do "craque" brasileiro celebram apenas e tão somente um fantasma. Nada mais merecido, lei física de ação e reação: compraram um teco-teco com fama de Concorde. Agora, que se virem para repassar o abacaxi.



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