COMPORTAMENTO AZUL - Crônica gremista do primeiro Gre-nal da Arena
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COMPORTAMENTO AZUL - Crônica gremista do primeiro Gre-nal da Arena




A primeira viagem de um casal de namorados, o primeiro almoço na casa nova, a primeira festa, o primeiro beijo, são momentos importantes que acontecem em datas comuns mas que por serem justamente a primeira vez trazem um significado maior, pois ficarão para a história, serão lembrados, de preferência com alegria. Não foi diferente neste domingo dia 04 de agosto de 2013. Esta data entrou para a história, tivemos o primeiro Gre-nal na nova Arena do Grêmio.

Por ser a primeira vez do clássico em nova casa, a expectativa era enorme, começando pela polêmica durante a semana sobre a possibilidade de termos um jogo com a apenas uma torcida. Passando pelos últimos resultados de ambos, duas derrotas, e entrando nas escalações devido aos desfalques.

E aí que começo a crônica, gremista, do jogo, pela escalação. Renato surpreendeu tudo e todos entrando no 3-5-2 com Dida, Rodholfo, Werley e Bressan, Pará, Adriano, Riveros, Elano e Alex Telles, Kléber e Barcos. Nunca havia jogado de tal forma e teve pouquíssimo tempo de treino, porém deu certo.

Zé Roberto era o grande desfalque gremista, se com ele em campo já vinha sendo difícil trabalhar a bola e chegar ao ataque, sem ele ficaria quase impossível, Renato fez o óbvio, povoou o meio campo com os alas e protegeu a defesa com 3 zagueiros, promovendo a estreia de Rodholfo, que diga-se de passagem foi muito bem.

Mesmo sendo um sistema normalmente defensivo, dentro de campo vimos o contrário, com o meio de campo com mais gente, faltou espaço para o Inter tocar a bola e sair jogando, aliado a isso Renato ainda adiantou as linhas gremistas e pressionou a saída de bola colorada. Sempre com 2 ou 3 gremistas cercando o jogador com a bola ocorria o óbvio, bola roubada pelo Grêmio e possível ataque ou então chutão vermelho para frente e posse de bola azul.

Essa foi a tônica praticamente o jogo todo. O Grêmio teve mais posse de bola, pressionou a saída do Inter e propôs o jogo, porém com poucas chances de gol. Os ataques colorados, apesar de menos frequentes, levavam mais perigo ao gol de Dida, o superior número de escanteios na primeira etapa, para o Inter, confirma isso.

O Grêmio pressionava, roubava, tentava criar mas pouco chegava. Até que aos 18 minutos, Kléber (de destaca atuação no clássico) recebe na entrada da área colorada, dribla William e é derrubado pelo volante colorado já dentro da área. Pênalti. Barcos com a braçadeira de capitão cobra com perfeição no canto esquerdo de Muriel. Grêmio 1 x 0.

A alegria durou pouco, no lance seguinte à saída de bola o mesmo William recebe na intermediária direita gremista, passa, inaceitavelmente, por 4 jogadores, cruza rasteiro para Damião que vinha fechando, sozinho no segundo pau, empatar a partida, 1 x 1.

O resto do jogo não teve muitos lances relevantes em termos de futebol, alguns chutes e cabeçadas muito fracos e goleiros pouco exigidos. Destaque para duas jogadas de ataque gremista, Ramiro cruzando na cabeça de Elano que tentando escorar para Barcos fazer o gol cabeceou para o alto; e para um cruzamento de Barcos que Jorge Henrique tira de dentro da pequena área. Do lado colorado Scoco recebe na ponta da grande área, limpa para o pé direito e chuta à esquerda de Dida.

Sem muito mais o que acrescentar futebolisticamente falando sobra a grande quantidade de faltas do jogo o que deixou o jogo muito truncado (menos do que EU esperava), com pouca bola rolando. Fabrício Neves Corrêa expulsou 3 jogadores, Jorge Henrique com 2 amarelos e Fabrício e Werley por agressão (ambas discutíveis). Mais jogadores poderiam ser expulsos, Adriano, Bressan e William fizeram faltas que poderiam ser interpretadas como para amarelos, Dalessandro, como de costume, peitou o árbitro; este adotou critérios diferentes para ministrar amarelos, enfim, uma atuação lamentável do árbitro e a comprovação de que é preciso árbitros mais experientes e de fora do estado para apitar gre-nal.

Do lado azul ainda importante destacar: Kléber e Barcos tiveram atuação acima do que vinham apresentando, ainda distante do que podem jogar é verdade, mas foram muito bem no clássico. Rodholfo estreiou no time, como titular e em um clássico, não sentiu a pressão, foi muito bem, seguro e impecável nas bolas aéreas (o mínimo que se esperava dos seus 1,93 m). E Maxxi Rodrigues que entrou no segundo tempo e deu mais poderio ofensivo ao Grêmio, aliando velocidade com verticalidade, sempre a procura do gol, sempre para frente, merece ganhar mais chances de jogar mais tempo.

Por fim pode-ser dizer que os dois conseguiram seu objetivo principal, não perder. Além do fato de estarem vindo de derrotas, o Inter jogava fora de casa e o Grêmio não poderia sob hipótese alguma perder o primeiro gre-nal da casa nova. Não é, claro, algo pra se orgulhar, mas foi o que aconteceu. Que possamos então ser o primeiro vencedor de um gre-nal na Arena, no ano que vem, ou na Copa do Brasil deste ano.



Diego Bonelli
@bonellidiego



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