A verdadeira mudança que eu quero ver
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A verdadeira mudança que eu quero ver




Ainda sobre as eleições do Grêmio, como eu dizia ontem, já que um consenso não irá acontecer, vou abrir meu voto e explicar o porquê da minha escolha. Optei por aguardar mais um pouco para conhecer melhor as propostas dos concorrentes e que eles pensam; analisei friamente, e minha escolha não mudou.

Considero Fábio Koff o maior dirigente da história do Grêmio, com todo respeito a Hélio Dourado, Saturnino Vanzelotti e Aurélio de Lima Py. Com ele no comando, o tricolor atingiu patamares inéditos, foi campeão do mundo, duas vezes campeão da Libertadores, entre outros títulos. A volta dele como presidente do Grêmio, com ideias novas e um projeto de gestão inspirado no Barcelona, indubitavelmente seria motivo de orgulho e satisfação para todos os gremistas.

Já Paulo Odone foi o presidente da minha infância. Me tornei gremista na gestão dele, assisti a conquista da 1º Copa do Brasil da história, vi o Grêmio-Show, enfim, tenho ótimas lembranças de títulos por ele conquistados. Além disso, em 2005, quando ninguém quis assumir o Grêmio na 2ª divisão, em situação crítica, sem contar com 11 jogadores para entrar em campo, Odone assumiu, levou o Grêmio de volta à Série A, ganhou Gauchão contra um Inter cheio de estrelas em pleno Beira-Rio e foi vice-campeão da Libertadores dois anos depois, perdendo a final para um Boca que contava com Riquelme, Palermo e Palácio. Então currículo ele também tem, embora menos impactante.

Os outros dois candidatos, Homero Bellini Jr. e Eldir Antonini, são gremistas reconhecidos, embora não tenham o mesmo currículos dos outros dois concorrentes.

Com tudo isso quero dizer que não tenho restrição a nenhum dos nomes que se perfilam para disputar a presidência do Grêmio. Acho que todas as quatro candidaturas têm legimitimidade, e qualquer um deles bem poderia ser o presidente tricolor, pois trazem ideias, projetos e vontade de melhorar e de fazer um Grêmio vencedor.

Isto posto, serei direto: acho que o melhor para o Grêmio agora é a manutenção do trabalho que vem sendo realizado. Não tenho nada a ver com Paulo Odone, nem o conheço pessoalmente, não faço parte de nenhum movimento político; a minha preferência nada tem a ver com nome, trajetória, currículo, nem nada semelhante. Simplesmente gostaria de ver na prática a conclusão de um trabalho que, se não ganhou títulos de expressão, equacionou o caos das finanças gremistas, trouxe o clube de volta a um patamar de onde nunca devia ter saído e está às vésperas de inaugurar o projeto mais importante de sua história: a Arena.

Bom, agora sei que virão as críticas: que não foi o Odone quem equacionou as dívidas, que dentro de campo colecionamos fracassos, que quem pensou a Arena foram outras pessoas. Respeito todas. Mas me sinto no dever de informar que, no que diz respeito à parte financeira, adequação de estruturas e montagem da Arena, é impossível descolar a figura de Odone destas conquistas. Não estou dizendo que foi tudo por causa dele, mas é inegável que ele teve grande participação nestes assuntos, juntamente com outros gremistas de respeito.

Dentro de campo, a nossa expectativa era bem maior do que os resultados alcançados. Colecionamos frustrações, causadas pelos 11 anos sem grandes conquistas, algo imperdoável para um clube da grandeza do Grêmio. Mas não tem como não lembrar que saímos do inferno da 2ª divisão para um vice-campeonato da Libertadores, passando por boas participações no Brasileiro e algumas conquistas de Gauchão. Pouco, pouquíssimo, concordo. E aqui me parece ser um dos maiores argumentos que me levam a querer a continuidade do trabalho: por fim temos um time decente, carente de reposições sim, mas que é capaz de realizar uma boa campanha tanto no Brasileiro quanto na Sul-Americana; que perdeu uma Copa do Brasil em 5 minutos, mas esteve perto de se perfilar para a conquista. Temos um técnico espetacular, que se preparou para triunfar aqui; temos bons jogadores, como Kleber e Marcelo Moreno, com contratos longos; no início do próximo ano, serão necessárias contratações pontuais, que servirão para qualificar o time, ao invés de sair correndo atrás de 15 ou 20 jogadores como nos anos anteriores. E não tô nem considerando a possibilidade real de conquistarmos um título ainda neste ano.

Faltam coisas? Sem dúvida, em especial nas categorias de base, ao meu ver. Mas recentes mudanças no trabalho indicam que estamos começando a trilhar o caminho correto; ganhamos a Taça BH e bons jogadores, especialmente no ataque, começam a despontar. Muito ainda a ser feito, e é exatamente por isso que quero ver a sequência do trabalho que está sendo realizado.

Sei que muitos não gostam de Odone, e sei também que Fábio Koff é o grande favorito da galera tricolor. Gente, quero que entendam que não estou desqualificando o Dr. Fábio; aliás, qual gremista poderia fazer isto? Nem Paulo Odone poderia cometer tal atrocidade. Note que em nenhum momento estou invocando episódios como a ausência do Dr. Fábio na política do Grêmio nos últimos anos, nem a sua atuação como presidente do Clube dos Treze, por vezes conflitantes aos interesses do Grêmio, e muito menos da ajuda que ele deu ao presidente colorado Fernando Carvalho, através de conselhos e apresentando a ele um dos maiores investidores do Inter, Delcir Sonda. Considero estes episódios desqualificadores e de verdade não-comprovada, além de não gostar da ideia de criticar o gremismo do dirigente mais vencedor da história do Grêmio. Inclusive, quero dizer que li com atenção o pacote de propostas do grupo de Koff, e achei todas excelentes; as pessoas escolhidas são competentes e as ideias são bem-intencionadas. E por isso mesmo, elas podem amadurecer ainda mais para serem aplicadas daqui a 2 anos, com uma Arena consolidada e com o trabalho do atual presidente finalizado. Podem ter certeza que já sou eleitor de Fábio Koff em 2014, e já adianto que serei partidário de sua reeleição em 2016. Porque considero que é impossível realizar bons trabalhos em dois anos. Nem mesmo as excelentes ideias do grupo de Fábio Koff teriam eficácia com apenas 2 anos de trabalho.

Amigos, a Arena se aproxima e o Grêmio tem a oportunidade real de atingir um outro patamar na América do Sul e do mundo. E sei também que muitos querem mudança. Por isso, defendo que a grande mudança, o grande salto de qualidade que podemos dar neste momento, a grande contribuição para termos um Grêmio vencedor dentro e fora de campo, seria seguir o que já começou e que precisa de tempo para dar os frutos que tanto necessitamos: títulos.







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